Há alguns dias atrás...
Hoje está tão frio.
Fazia tempo que não ficava assim, e eu amo dias assim.
Sei que estaríamos conversando sobre como o vento está gelado, o quanto ela está com frio: "Estou morrendo de frio"; que suas mãos estão geladas e seu nariz também, que daqui há pouco vai começar a aula e ela só desejava estar em sua cama, coberta e quentinha; e eu responderia que estou amando esse frio e que adoraria estar onde ela estivesse para esquentar suas mãos...te encher de beijos, carinhos e abraça-la o mais forte possível para espantar o frio, a insegurança, qualquer medo e a distância que um dia nos fazia desejar o dia em que nos veríamos de novo.
Agora eu conto quantos foram os dias sem nos ver, sem trocar nenhuma palavra.
Eu não me dou bem com a distância, e já não sou mais boa com palavras.
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Descobri que sou orgulhosa. Sim. Mas já faz muito tempo que descobri isso.
A pior parte não foi reconhecer e me aliviar. Não. A pior parte foi saber que ainda sou assim.
Que não quis quebrar o silêncio com qualquer palavra digitada, porquê eu já não iria correr atrás de ninguém. E eu sabia que ela não o faria.
Não, não sei o que ela está pensando, mas sei que já não é mais em mim.
Se surjo em seus pensamentos, com certeza não é com a mesma intensidade que ela aparece nos meus.
Por que eu não pergunto à ela?
Ótima pergunta.
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